
Juro-te que ia escrever uma carta de amor
Tinha as palavras pensadas, alinhadas.
Mas vi-as aqui transpostas, expostas
E estavam, como dizia o Pessoa:
"Ridículas".
Juro-te que tentei.
Usei até adjectivos tais como:
Sublime, ardente, transcendente
E até, imagina, incandescente!
Mas…
A carta continuava, como dizia o Pessoa:
"Ridícula".
Não concordo que, como diz o Pessoa,
"Todas as cartas de amor são ridículas".
A minha não será
Vou escrevê-la em ti.
V. Alves

No comments:
Post a Comment